quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Os tios voltaram.
E o Pedro, como um bom garoto, cumpriu suas missões com extrema atenção.
Especialmente a parte de ganhar peso. Estamos falando segundo dados de terça-feira de 3,5 kg e 49cm da mais pura e saudável criança.
Igualmente, Pedro não se deixou abalar por nossa agitação e está bem tranqüilo, na posição certa, bem dorminhoco.
Nos vinte e poucos dias que ainda faltariam para completar as tais 40 semanas, nosso bebê ganharia mais peso.
Sim, sim, em algum momento todos acabamos nos questionando sobre como será o parto de um nenê tão grande. Felizmente, a obstetra da Ana também pensou nisso e concluiu que nessas condições, uma cesariana é a opção mais confortável para a mãe e para o bebê. Portanto, salvo alguma imposição caprichosa da natureza, Pedro já tem dia e hora para nascer.
E em uma ligação, o dia mais esperado dos últimos meses está definido. Felicidade com hora marcada? Pode?
Acho que como a gestação do Pedro foi tão perfeita, estávamos, sim, na expectativa do parto dito normal. Ou, talvez, porque a idéia de uma chegada de surpresa fosse, paradoxalmente, um paliativo para nossa ansiedade...
O que me dou conta agora, enquanto escrevo e seco umas lágrimas, é que a inevitabilidade de uma data nos força a encarar: o Pedro está pronto, e nós? Nós estamos prontos para o Pedro? Estamos prontos para uma vida nova e uma nova vida?
Pedro, meu já há muito amado afilhado do coração, não sabemos se estamos prontos, e provavelmente em vários momentos daqui para frente vamos desesperadamente acreditar que não o estávamos. Só que isso pouco importa. Porque não se trata de estar pronto, se trata de estar disposto e de acreditar. E nós estamos muito, muito, dispostos a viver contigo, a aprender contigo, e acreditar que poderemos fazer do teu mundo o lugar mais feliz possível, e que iremos te ajudar a se descobrir um grande homem.
E tanto quanto assumimos nisso um compromisso, fazemos uma retribuição por toda a alegria que a tua existência já nos trouxe e que vai sempre trazer.